domingo, dezembro 14, 2008

Riso solto

Jogou a cabeça para trás, tentando desprendê-la do corpo – a gargalhada galopante e solta reverberando por todo o recheio da casa – querendo alcançar as costas, golpeá-la a seco, até... Quem sabe o maxilar se solta, o riso se abra para uma imensidão de morte?

Melhor que não exprimir seu furor apreciativo. Uma piada por mais bem contada não podia deixá-la aos prantos – cólicas na barriga e falta de ar – mas um pão se despedaçando - que humor, deuses! – que a fizesse cair da cadeira... (Pode haver mais que o chão para amortecer a queda).

Mas o riso se espalha rápido, as paredes e móveis se controlam, e os homens quedam-se ao riso - ninguém realmente entendeu a graça.

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