segunda-feira, dezembro 01, 2008

Acordando

Bom-dia Soraia. É sempre com grande alegria que recebo seu sorriso exagerado, inundado pelas milhões de vontades que te fazem Soraia. A ambição que te socorre dos teus próprios devaneios. Aquele olhar supremo de certeza, que mesmo enganada, só você sabe dar. Bom-dia, eu repito, não custa esperar que ele seja.
Cuide apenas para não acordar Renata com seus risos histéricos de felicidade.
Pois bem, ela já está acordada! Sempre vigilante, ainda que distante essa eterna e terna menina.
És a flor de nossos olhos, Renata. Representação do ser que nos faz crer no homem; esperançar que a pureza ainda nos salvará de nossos próprios açoites. A vida é bela, para quem te quer bem, a quem queres bem.
Nem quinze minutos despertos, e já estamos todos rindo! Não nos faça rir, assim, logo pela manhã, Priscila. Precisamos desjejuar! Acordar os ossos, cada parte. Acordar nossas artes que se renovam em seu olhar, grande garota.
Mudo pelas suas lentes, pelo seu filtro aberto, a amplidão de suas virtudes, que me fazem querer ser um pedaço, qualquer pedaço de você.
Gisele, não vale essa risada! Não conseguiria parar de rir nem que pensasse que, um dia, nunca mais poderia ouvi-la. Ela atravessa minhas máscaras, minha tentativa inútil de me esconder. Assim como seu olhar me atravessa. Sua voz responde bom-dia, e esse dia, bem... Já sabemos que será bom.

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